O tumor de fígado mais comum em adultos é o Carcinoma Hepatocelular (CHC). É também um dos tumores sólidos mais frequentemente diagnosticados no mundo. Hepatite B, hepatite C, hemocromatose hereditária, etilismo, esteato-hepatite não alcoólica e cirrose são fatores de risco associados. Geralmente não apresenta sintomas específicos, mas podem ocorrer sintomas de descompensação em pacientes com diagnóstico prévio de cirrose hepática, ou ainda, dor abdominal, perda de apetite, de peso ou massa papável no abdome.
Várias modalidades de tratamento estão disponíveis. Entre elas, ressecções cirúrgicas e o transplante hepático, além de ablação por radiofrequência, quimioembolização, quimioterapia e terapias-alvo. Para a escolha do melhor tratamento consideramos o tamanho do tumor, função hepática e as condições clínicas do paciente.
Ressecção cirúrgica é o tratamento de escolha em pacientes não cirróticos com tumores pequenos. Já o transplante hepático é uma ótima opção em pacientes que necessitam tratar tanto o tumor quanto a cirrose hepática. Avaliar e selecionar adequadamente a terapia específica para cada paciente é de fundamental importância, segundo Dr. Valter Alvarenga.
O Colangiocarcinoma é um tumor hepático menos frequente, originado do epitélio (parte interna) dos ductos biliares intra ou extra-hepáticos. Os fatores de risco conhecidos para o aparecimento desta doença são a colangite esclerosante primária, cistos hepatobiliares, hepatolitíase (cálculos hepáticos), toxinas e infestações parasitárias (Opistorchis viverrini e Clonorchis sinensis), cirrose, hepatite crônica B e C, obesidade, diabetes e alcoolismo.
O Dr. Valter Alvarenga explica que os pacientes podem ser assintomáticos em casos iniciais, mas podem manifestar sintomas como perda de peso, mal-estar, desconforto abdominal, icterícia, aumento do fígado ou massa palpável. O tratamento cirúrgico varia de acordo com a localização do tumor e segue princípio semelhante ao do CHC.