O câncer de estômago é o quarto tumor mais comum e a segunda causa de morte por câncer no mundo. Sua causa tem sido relacionada à infecção pela bactéria H. pylori ou vírus Epstein-Barr, dieta rica em sal, alimentos conservados, obesidade, tabagismo, gastrite crônica atrófica, anemia perniciosa, história pessoal ou familiar de condições hereditárias, como o próprio câncer gástrico e a polipose adenomatosa familiar.
O tipo histológico mais comum é o adenocarcinoma (90% dos casos). A cirurgia é pilar fundamental no tratamento do câncer gástrico. O Dr. Valter Alvarenga explica que pode ser necessária a retirada total do estômago (gastrectomia total), quando ocorrem tumores em seu terço superior ou quando há acometimento completo do órgão.
Em tumores distais, a retirada parcial (gastrectomia subtotal) é segura do ponto de vista oncológico e agrega menores taxas de complicações e mortalidade relacionadas ao procedimento cirúrgico. Pacientes com tumores maiores ao diagnóstico podem ser candidatos ao tratamento com quimioterapia antes da cirurgia (neoadjuvante) para redução do volume tumoral e, após este tratamento inicial, será submetido ao tratamento cirúrgico. Com isso há redução de volume tumoral e melhor tolerância ao tratamento.
O acesso minimamente invasivo tem sido aplicado de forma cada vez mais abrangente e estudos têm evidenciado que a laparoscopia é viável, segura e oncologicamente adequada.A gastrectomia robótica apresenta potenciais vantagens sobre a laparoscopia convencional em relação à facilidade e segurança de realização da linfadenectomia (retirada de linfonodos) e da anastomose (reconstrução do trânsito alimentar).
