O câncer colorretal é o segundo mais frequente no brasil. O tipo histológico mais comum é o adenocarcinoma (90% dos casos) e seu desenvolvimento é influenciado tanto por fatores esporádicos (70% a 80% dos casos), como dieta pobre em fibras, consumo de carnes processadas e tabagismo, quanto por fatores familiares ou herdados.
Existem duas formas herdadas mais comuns de câncer colorretal: HNPCC (câncer hereditário não-polipose hereditário), ou síndrome de Lynch, e a FAP (polipose adenomatosa familiar). Portanto, mudança de hábitos de vida e o acesso à colonoscopia permitem o diagnóstico precoce e o tratamento de pólipos (lesões precursoras) ou mesmo de câncer em estágio inicial.
O tratamento cirúrgico consiste na retirada do segmento intestinal acometido, associada à dissecção linfonodal. Dr. Valter Alvarenga esclarece que a reconstrução intestinal pode ser realizada na maioria dos pacientes, mas algumas vezes a colostomia (saída de fezes pelo intestino em uma bolsa coletora acoplada ao abdome) pode ser necessária em situações específicas, como urgências, desnutrição, radioterapia prévia e tumores que acometem ou estão muito próximos do ânus.
Para estes pacientes, com o objetivo de se evitar a amputação do reto e todas as suas consequências, como a colostomia definitiva, a incontinência urinária e a impotência sexual, realizamos o tratamento inicial com radioterapia e quimioterapia antes do procedimento cirúrgico. Esta abordagem permite a redução do tumor e o tratamento de células tumorais circulantes.
O acesso minimamente invasivo laparoscópico ou por cirurgia robótica demonstram resultados oncológicos equivalentes à cirurgia convencional, com vantagem em termos de recuperação pós-operatória.