O adenocarcinoma pancreático é o principal tumor originado do pâncreas. Geralmente é bastante agressivo e, muitas vezes, já ao diagnóstico, apresenta estágio avançado com metástases. A detecção precoce e o tratamento cirúrgico são as únicas opções curativas, porém as taxas de recorrência são elevadas. O tabagismo é um dos principais fatores de risco.
Idade, obesidade, diabetes, ingestão excessiva de carne processada e infecção pelo Helicobacter pylori (H. pylori) também são relacionados ao aparecimento de câncer de pâncreas. Em cerca de dois terços dos casos, o tumor acomete a cabeça pancreática e, em um terço, o corpo e a cauda.
Para os tumores passíveis de tratamento cirúrgico, o tratamento-padrão consiste em ressecção cirúrgica realizada por equipe cirúrgica especializada, seguida de quimioterapia. Segundo Dr. Valter Alvarenga, estudos recentes têm demonstrado que a quimioterapia ou associação da quimioterapia à radioterapia antes da cirurgia pode ser benéfica em pacientes selecionados.
Menos frequentes, os tumores neuroendócrinos de pâncreas, ao contrário do adenocarcinoma, são menos agressivos. Algumas vezes podem ser funcionantes, ou seja, produzem substâncias que dão sintomas característicos, como os insulinomas, que produzem insulina e promovem sintomas de baixa glicemia (nível de glicose no sangue). A ressecção cirúrgica sempre que possível é realizada e é o tratamento de escolha na maioria dos pacientes.