Cistos são pequenas “bolhas” com conteúdo líquido, que podem surgir no pâncreas. São identificados em pacientes que são submetidos a exames de ultrassom, tomografia ou ressonância por dor abdominal ou por outros motivos clínicos. Geralmente são assintomáticos. No entanto, pacientes com cistos grandes podem apresentar ainda desconforto, náuseas e massa abdominal palpável.
Outras manifestações são pancreatite recorrente, obstrução gástrica, icterícia e perda de peso. Cistos simples, em geral, não requerem tratamento, enquanto outros tipos de cistos podem necessitar de ressecção cirúrgica. Como Dr. Valter Alvarenga relata, conhecer suas características é de suma importância. É através delas que podemos suspeitar se um cisto é neoplásico ou tem risco de malignidade.
Este risco, em pacientes com cistos pancreáticos incidentalmente detectados, é baixo. E, apesar das discrepâncias observadas entre as diversas diretrizes e recomendações publicadas, existe uma tendência de se considerar como aspectos suspeitos para malignidade, cistos com diâmetro igual ou superior a 3 cm, paredes espessadas, nódulo intracístico, ducto pancreático principal dilatado, dilatação das vias biliares, icterícia decorrente de compressão exercida pelo cisto pancreático, crescimento progressivo ou elevação do CA19.9.
Quando um ou mais desses aspectos de alto risco são identificados em exames de TC ou RM, considera-se a intervenção cirúrgica, precedida ou não de punção do cisto para avaliação do material intracístico.