A doença diverticular do cólon ocorre devido um enfraquecimento em alguns pontos na parede do intestino grosso, geralmente onde penetram os vasos sanguíneos, em que a parte interna, chamada de mucosa, faz um abaulamento ou protrusão, com a formação de pequenos saquinhos (divertículos). A doença tem sido associada à baixa ingesta de fibras, constipação intestinal, inatividade física, obesidade e consumo de álcool.
Pode ocorrer em qualquer idade. Em jovens, geralmente acomete pacientes constipados, que ingerem poucos líquidos e fibras, pois formam bolos fecais pouco volumosos e exigem do cólon contrações mais intensas para o deslocamento de fezes. Em idosos, são decorrentes da fraqueza da parede intestinal. Na maioria das vezes os pacientes são assintomáticos. No entanto, algumas pessoas referem cólicas, desconforto abdominal e dificuldade para evacuar.
Outras manifestações são sangramento, obstrução intestinal e febre. Há situações em que o paciente apresenta dor importante, geralmente no lado esquerdo ou na parte inferior do abdome. Nesses casos, o divertículo pode ter perfurado e causado um processo infeccioso, chamado de diverticulite aguda. Com a perfuração, pode haver formação de bolhas de pus (abscesso) ou infecção generalizada, com pus ou fezes espalhados na cavidade abdominal (peritonite). Por vezes é necessária uma abordagem cirúrgica para o tratamento, além de medicações e nutrição adequada.
O Dr. Valter Alvarenga relata que estes procedimentos podem ser realizados por via convencional (corte no abdome) ou por via minimamente invasiva (videolaparoscopia ou robótica), a depender das condições clínicas do paciente e da experiência do Cirurgião.