Metástases hepáticas são nódulos identificados no fígado decorrentes de outros tumores iniciados em outros órgãos. Podem se apresentar ao diagnóstico da doença ou serem identificadas no acompanhamento destes pacientes, após o fim do tratamento inicial. São sempre motivo de preocupação, pois demonstram um estágio mais avançado da doença.
No entanto, a ampliação do conhecimento sobre a biologia tumoral, novos esquemas quimioterápicos, introdução das terapias-alvo, melhor suporte nas cirurgias e avanço nas técnicas de ablação e embolização, têm possibilitado maior chance de cura ou de sobrevida em longo prazo para esses pacientes.
A ressecção de metástases hepáticas pode ser realizada na mesma etapa da retirada do tumor primário (cirurgia simultânea) ou em momentos diferentes, em que pode ser realizada de duas maneiras: abordagem clássica (ressecção do tumor primário, seguida de cirurgia de ressecção das metástases) e abordagem reversa (opera-se primeiro o fígado e somente depois o tumor primário).
O Dr. Valter Alvarenga esclarece que fatores anteriormente considerados contraindicações para a cirurgia, tais como número de metástases e presença de doença extra-hepática, são atualmente analisados caso a caso e não devem privar o paciente da oportunidade de tratamento.